Planejamento tributário: como reduzir custos e aumentar a competitividade

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Publicado em 13 de agosto de 2025

No Brasil, 95% das empresas pagaram mais impostos do que deveriam, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Este dado revela uma realidade preocupante, mas também uma oportunidade: com boas estratégias, é possível reduzir a carga tributária e tornar o negócio mais competitivo no mercado.

Planejar tributos não significa burlar o sistema. Muito pelo contrário: o planejamento tributário é uma ferramenta legítima e necessária para garantir eficiência fiscal e financeira. Trata-se de analisar, de forma estratégica, qual o regime tributário mais adequado para a empresa, além de adotar práticas que reduzam custos e maximizem resultados dentro da legalidade.

Muitas vezes negligenciado, o planejamento tributário é tão importante quanto o controle de custos ou a gestão de vendas. Ele permite que a empresa compreenda melhor o seu perfil, aproveite incentivos fiscais, evite o pagamento indevido de tributos e mantenha-se competitiva, especialmente em setores com alta carga tributária.

 

Um dos principais caminhos para isso é a escolha do regime tributário mais apropriado, seja o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, com base na realidade do negócio. Cada regime tem as suas particularidades e a escolha equivocada pode comprometer a margem de lucro e o crescimento da empresa. Além disso, é essencial ocasionalmente revisitar essa escolha, principalmente diante de mudanças no faturamento, na atividade econômica exercida e no cenário legislativo, como a atual Reforma Tributária em andamento.

Para empresas de serviços optantes pelo Simples Nacional, o Fator R pode ser uma opção interessante.. Essa regra determina se a empresa será tributada pela tabela do Anexo III (com alíquotas menores) ou do Anexo V (com alíquotas mais elevadas), com base na razão entre a folha de pagamento e a receita bruta.

Se o percentual de folha de pagamento (incluindo encargos) for igual ou superior a 28% da receita bruta dos últimos 12 meses, a empresa se enquadra no Anexo III, o que pode representar uma economia significativa de impostos. Portanto, o uso estratégico do Fator R, como o aumento da formalização da folha ou o ajuste na estrutura da empresa, pode ser uma forma eficaz de reduzir a carga tributária sem comprometer a conformidade legal.

Não há como desvincular o planejamento tributário de uma boa gestão financeira. Ambos caminham juntos e se complementam. Ao conhecer a sua carga tributária de forma previsível e realista, o empresário pode projetar o fluxo de caixa, precificar corretamente seus produtos e serviços, investir com mais segurança e evitar surpresas com o Fisco.

Nesse contexto, ferramentas de análise financeira, simulações de regimes e acompanhamento contábil se tornam indispensáveis. E o contador deixa de ser apenas um emissor de guias para se tornar um verdadeiro consultor estratégico, fundamental para a saúde do negócio.

Em um ambiente empresarial cada vez mais desafiador, reduzir custos e aumentar a competitividade exige inteligência, informação e planejamento. A carga tributária, embora inevitável, pode ser otimizada com o nosso auxílio, como profissionais de contabilidade, para a tomada de decisões bem fundamentadas.

O planejamento tributário, quando feito de forma contínua e estratégica, permite que as empresas não apenas sobrevivam, mas prosperem, mesmo em cenários de incerteza como o atual, com as mudanças trazidas pela Reforma Tributária. Assim, mais do que nunca, o empreendedor precisa contar com o apoio de um contador comprometido com o crescimento do negócio, uma vez que entender de impostos é entender de estratégia.

Fonte: Contábeis

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